Você não sabe o privilégio que foi eu ter sido convidada para sua festa de aniversário. Eu tenho medo de ir a festas, inclusive às minhas.
Recebi o convite, começou o desejar e o sofrer. Eu vou, pensava, porque gosto sumamente dela. Mas com que roupa? Com que roupa vou ao samba que você me convidou? E mais. Com quem. Para não me sentir tão trêmula.
Na madrugada dos seus cumpleaños, um ato de desespero. Mensagem a um amigo duvidoso para ver se poderia me acompanhar. E não.
Daí disparei a todas as amigas em comum: você me recebe? E quanta generosidade.
Comprar um presente. Mas o que pode precisar uma abençoada de Oxum? Foi rápido: uma homenagem simbólica e clean ao seu saber sobre os prazeres do vinho.
Com que roupa. A mais simples, confortável, como deve fazer a gente do samba.
Cheguei, achei que tinha muito presente para mim. Você estava linda. Uma serenidade do alfa ao ômega. E me chamou de querida.
Era um povo do bem. Fiquei em vários abraços. O seu, a luz.
E talvez tenha sido o salto para perder o medo de festa, de tanta performance bonita. De você olhar em volta e declarar gratidão por sentir tanto amor. De você dizer que discurso não é a sua história. De tanta simplicidade em meio ao esplendor que a vida nos ofertou ali.
Então, salve Jorge. Que também é com Jô.
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