A feminista minha inspiradora, Lúcia Castello Branco, disse que a mulher detém a lalíngua. Ela fez um lindo trabalho teórico e empírico para a coragem de afirmar a importância da fala para a mulher. Lembrando que ser mulher não é nascer com corpo feminino. É se sentir mulher.
Outro dia, visitei uma mulher que conversava baixinho sozinha, à vista de toda a gente. Ouvi aquilo pensando o quanto de sabedoria pode significar para algumas mulheres o ato de falar sozinha.
Ela ali argumentava consigo mesma sobre os acordos antes feitos e sobre a necessidade de ajustá-los ao cotidiano.
E refleti sobre o quão importantes são para as mulheres os momentos de conversar sozinha. E sobre, quando associamos o hábito de falar sozinha à loucura, em que isso afeta as mulheres.
Além de como seria este fenômeno entre os demais gêneros.
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