A menina tinha carinha de inteligente como todos os seus colegas de classe. Professora, disse ela com o sobrecenho franzido. Não faça greve. Nós vamos sair muito prejudicados. Vamos perder conteúdo. Ainda mais que estamos no último ano.
O coração da professora compadeceu-se. Não, Lorena. Não se preocupe. Depois que meu patrão o Povo. Nos der um reajuste salarial real e reconhecer nossos direitos adquiridos. Nós vamos repor as aulas para vocês.
Mas Professora. Replicou Lorena. Ninguém vem à reposição. A professora concluiu sem sombra de dúvida. Aquela menina era de fato inteligente. E respondeu olha. Nós somos obrigados a repor as aulas. Senão nosso patrão o Povo. Desconta do nosso salário.
Não abra mão do seu direito Lorena. Venha à reposição. Eu não vou abrir mão do meu sagrado direito constitucional de greve.
A menina alisou o sobrecenho. A greve é por salário e benefícios, não é, Professora? A professora sorriu. E ficou com a impressão de que a reposição da greve naquele ano ia bombar.
E bombou mesmo. Começou vindo pouquinho aluno. Mas eles voltavam com tão boa impressão que. A cada sábado letivo bombava mais. Havendo menos alunos super bomba a relação entre si mesmos e com seus professores. Estes compreendem certos aspectos subjetivos e os incluem na avaliação.
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